No Brasil há uma das taxas de mortalidade de empresas mais altas do mundo e, por outro lado, percebemos o crescimento do empreendedorismo a cada ano que passa. Isto mostra que o brasileiro realmente é muito esperançoso. Este alto índice de esperança é bom, claro!
Mas também pode ser danoso em alguns momentos, pois nosso povo é muito motivado apenas pela vontade de fazer, então, muitas vezes simplesmente vai em frente, sem pensar muito. Portanto acaba atraindo para si problemas decorrentes da falta de planeamento.
A boa notícia é que estamos aqui para ajudar a acabar com isto! O objetivo aqui é sonhar, planejar e fazer acontecer.
Abrir um negócio é fácil! A cada dia as prefeituras, estados e governo federal estão desburocratizando a abertura de novas empresas! Temos o MEI para incentivar todo mundo a se formalizar e um uma série de institutos e consultorias fomentando o empreendedorismo.
No entanto, por que os índices de sobrevivência das empresas não melhoram mesmo com tanto apoio institucional?
Simples! Porque não fazem o planejamento corretamente.
Uma evidência desta falta de planejamento ou da falta de perícia ao realizá-lo é a quase unânime dificuldade de capital nos primeiros dois anos de existência, principalmente no primeiro.
Outro ponto importante a se destacar é a dificuldade na escolha da origem do capital a ser investido na abertura do negócio. Em muitos casos o empreendedor investe todas as suas economias para implantar seu negócio em detrimento a deixá-lo como reserva para os primeiros meses e anos nos quais se necessita mais de capital, pois muitas intempéries podem e são prováveis de acontecer.
Quando se tem capital é mais fácil conseguir capital de terceiros, portanto se o empreendedor, quando está de posse do seu dinheiro, reserva parte dele para as intercorrências, utilizando o mesmo dinheiro como garantias para obter capital de terceiros, aumenta sua chance de não sofrer no início do seu empreendimento.
Mesmo aqueles empreendedores que não desejam tomar empréstimos ou recorrer a outros terceiros, podem sim usar do seu próprio dinheiro, mas não podem deixar de fazer as reservas iniciais.
No início de um empreendimento se, e quando, o dinheiro acaba, o crédito também acaba.
O crédito acaba sempre quando o empreendedor mais precisa dele.
A única maneira de mitigar este risco é fazendo um bom planejamento e equalizando as projeções de acordo com o capital disponível, não esquecendo, é claro, de salvar o que for necessário para se superar pelo menos os primeiros seis meses.
Neste contexto, o plano financeiro é o orçamento do seu projeto. Ele é baseado essencialmente em projeções e estimativas, mais aproximadas possível, da posição econômico-financeira que reflete o lucro esperado. Trata-se da concatenação entre as premissas da administração financeira da empresa com as estratégias operacionais.
Por este motivo é que se torna tão importante executar bem as etapas anteriores, pois somente assim será possível elaborar projeções o mais realistas e coerentes possíveis. Se o operacional, o mercado e a ideia forem bem desgastados até a segurança o resultado será positivo. Do contrário, será preciso reavaliar com muito cuidado, pois este é o momento da tomada de decisão.
Vejamos então, as etapas de um planejamento financeiro bem feito:
- Defina as premissas básicas
- Relacione os investimentos necessários
- Conheça as fontes de recursos financeiros
- Faça uma boa projeção de vendas
- Preveja os custos e despesas
- Projete os resultados
- Projete o fluxo de caixa futuro
- Analise o resultado e tome a sua decisão final
Nos próximos artigos vamos detalhar cada etapa. Por hora indicamos um bom sistema, planilha ou aplicativo para te ajudar a fazer esta avaliação de maneira consistente e segura.